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Mostrando postagens de setembro, 2017

Pregações evangélicas que recomendo

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Com certa frequência me pedem recomendação de livros e sites bons, mas não me lembro de alguma vez alguém ter me pedido uma coisa ainda mais importante: pregações. Estamos acostumados a um nível, sejamos honestos, muito baixo dentre os pregadores que se dizem “evangélicos” na televisão brasileira. Ligo em um canal e é pastor pedindo o “trízimo” ou ofertas de 900 reais para resolver todos os problemas da vida em um passe de mágica; ligo em outro e é pastor passando o culto todo conversando com o “demônio” que fala mal da igreja “concorrente”; ligo em outro e é pastor vendendo o “sabonete ungido” ou “sei-lá-o-que-consagrado” aos prantos enquanto pede mais dinheiro; ligo em outro e é pastor indo até o rio Jordão para pegar uma das “sete águas mais poderosas do mundo” para a campanha da “sexta-feira forte” (seja lá o que isso signifique); e, se estiver em um dia de sorte, na melhor das hipóteses irei me deparar apenas com uma pregação antropocêntrica de autoajuda com muita gritaria e

Lutero, Calvino e Confissão de Fé protestante refutando a “moderna” apologética católica

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Há quinhentos anos, Lutero, Calvino e as confissões de fé protestantes já refutavam os mesmos argumentos bobinhos usados pelos papistas nos dias de hoje, que eles citam em seus sites e blogs como se fosse uma novidade bombástica que “acaba” com o protestantismo. Uma vez que selecionar muitos trechos ou capítulos inteiros seria bastante cansativo ao leitor, eu decidi selecionar um parágrafo de Calvino nas Institutas, um artigo da Confissão de Fé Escocesa elaborada por John Knox e um trecho de uma obra de Lutero bastante citada pelos apologistas católicos fora de contexto. Vamos a eles.

O que há de errado com Olavo de Carvalho?

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O nome de Olavo é recorrente neste blog, não tanto por mim, que o menciono em menos de meia dúzia de artigos dentre os mais de quinhentos aqui presentes, mas por alguns de meus leitores, que vez por outra trazem as birutices que o senhor da Virgínia profere contra o protestantismo. A primeira vez que escrevi sobre ele foi no artigo "A Igreja Católica contra o capitalismo" , quando ainda tinha certo respeito pelo sujeito que ainda não havia surtado por completo, ocasião na qual o próprio foi avisado rapidamente e foi o primeiro a comentar (chegou antes mesmo do “First”!).

Os protestantes são “subjetivistas” e “relativistas” por rejeitarem o "magistério infalível"?

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Essa é uma das acusações mais frequentes da apologética católica, e se você já participou de debates já deve estar acostumado com ela. Basicamente, o argumento funciona da seguinte maneira: (1) só podemos chegar à verdade de forma objetiva se houver uma autoridade infalível dizendo isso; (2) os protestantes não têm uma autoridade infalível (um papa), portanto, são subjetivistas; (3) os católicos têm o papa e seu magistério infalível, então podem chegar à verdade de maneira objetiva. Baseando-se nesses pressupostos que analisarei melhor adiante, eles elaboram questões perniciosas, tais como: (a) Como você pode saber que a sua interpretação é a certa? (b) Isso é “apenas a sua opinião”, por acaso você é um papa infalível? (c) A Bíblia é um livro “obscuro” demais, portanto só o papa e seu magistério podem interpretar!

A Igreja Católica está acima da Bíblia? Cinco sofismas papistas refutados!

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Nas últimas semanas voltou à tona uma velha discussão sobre quem detém a autoridade suprema – se é a Bíblia, ou se é a Igreja. Lógico que quem propõe o argumento de que é a Igreja são os papistas, querendo dizer, é claro, a Igreja deles, ou seja, a Igreja Católica Romana. Tudo começou quando um padre relativamente desconhecido começou a espalhar asneiras de que a Igreja Romana tem autoridade acima da Bíblia, e ganhou mais popularidade depois que o Malafaia lhe deu uma resposta em seu canal no YouTube ( veja aqui ). Depois disso, as redes sociais foram inflamadas por um verdadeiro festival de ataques romanistas contra a autoridade da Bíblia “refutando” Malafaia, com até o padre Paulo Ricardo (aquele mesmo do "evangélicos são otários" por irem direto a Deus) gravando vídeos em que repete todos aqueles mesmos argumentos bobinhos, velhos, ultrapassados e já refutados de sempre.

A fábula da unidade católica e a verdadeira unidade cristã

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Uma das coisas mais fascinantes em estudar a história da Reforma é a Guerra dos Trinta Anos. Fascinante não pela guerra em si, que foi um horror que resultou no maior número de mortos em guerras até a época – foram entre três e onze milhões de vítimas –, quando os príncipes e reis católicos quiseram impor o catolicismo à força através da espada e os protestantes se reuniram para defender seu território, sua fé e suas vidas. Antes, a história torna-se fascinante pelo seu desfecho absolutamente inesperado: quando tudo parecia completamente perdido para o campo reformado, com a poderosa Espanha saindo em auxílio dos católicos e os exércitos papistas prevalecendo contra a liga protestante, um país católico entra na guerra e embaralha tudo: a França.