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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

A tradição e as tradições. Devemos confiar nelas?

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No artigo mais recente, onde mostro as provas de que João não é o autor do quarto evangelho , o que derruba mais uma lenda da tradição, um leitor me perguntou algo importante: pra que serve a tradição? Eu dei uma resposta resumida, mas decidi escrever este artigo para aprofundar melhor a questão. O primeiro e mais importante de tudo é definir o que é a “tradição”. Apologistas católicos vivem falando da tradição e a exaltando, até mesmo a usando em debates, mas nenhum deles é capaz de dizer o que ela significa realmente, e muito menos delimitar toda a extensão da tradição, isto é, colocar numa folha de papel exatamente todas as doutrinas que são fruto da tradição, quais vieram da Bíblia e quais foram criadas pelo magistério (as três autoridades dos católicos).

Não, João não escreveu o quarto evangelho

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(O artigo em questão é todo ele pensado e idealizado por Alon Franco , já conhecido por quem segue este blog há algum tempo, e a mim coube apenas redigir o texto com a minha forma argumentativa e desenvolver os argumentos com base nas pesquisas dele) Por muito tempo, desde o final do século II até o tempo presente, tem-se crido piamente que João é o autor do quarto evangelho, de acordo com a tradição que o aponta como o autor do livro. Muitos, sem qualquer senso crítico ou pesquisa prévia, tomam isso como verdade absoluta pelo simples fato de terem sido ensinados assim a vida inteira, ainda que sem qualquer base objetiva que fundamente essa visão. Neste artigo mostrarei que não apenas a Bíblia se silencia em relação a João ser o autor do quarto evangelho (o que já é conhecido por todos), mas principalmente que ela nos passa indícios objetivos de que João não pode ter sido o autor. A primeira observação que nos leva a isso vem do fato de o discípulo amado, que se declara co